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    Plano B do governo

    Pedro
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    Mensagem por Pedro Sex Dez 19, 2008 9:16 pm

    Governo dos EUA pode usar fundos de plano
    de resgate para montadoras


    A Casa Branca anunciou nesta sexta-feira (12) que está considerando a possibilidade de usar parte dos fundos do plano de resgate financeiro, de US$ 700 bilhões, para impedir a quebra dos fabricantes de automóveis em crise, depois que os congressistas não conseguiram acordo para um projeto alternativo.

    O Senado dos Estados Unidos não conseguiu chegar a um compromisso na quinta-feira (11) para votar o plano de ajuda à indústria automotiva, de US$ 14 bilhões. Uma ala conservadora de senadores republicanos não concorda com o plano de resgate com recursos públicos das montadoras General Motors, Chrysler e Ford.

    "Estou terrivelmente decepcionado por não termos sido capazes de chegar a uma conclusão", disse o líder da maioria democrata Harry Reid após várias horas de negociações entre os congressistas para alcançar um compromisso que permitisse o desbloqueio de empréstimos federais aos grandes fabricantes de automóveis de Detroit.

    "Poderíamos passar toda a noite, amanhã, sábado e domingo, que não conseguiríamos um acordo", admitiu Reid. "Tentamos com muita, muita força chegar a um ponto que nos permitisse legislar sobre a indústria automotiva."

    O democrata disse ainda estar preocupado com as repercussões nos mercados, depois que a Câmara de Representantes, apoiada pela Casa Branca, aprovou na quarta-feira o plano de ajuda de US$ 14 bilhões, que ficou paralisado no Senado.

    "Temo olhar para Wall Street", advertiu Reid ao manifestar o medo da reação do mercado com a falta de acordo no Senado para ajudar as grandes montadoras.

    Apelos de Bush e Obama

    Algumas horas antes, o presidente George W. Bush e seu sucessor, Barack Obama, haviam se manifestado a favor do plano para salvar os fabricantes da falência.

    "Neste período de grandes dificuldades para nossa economia, não podemos nos permitir assistir ao naufrágio deste setor sem fazer nada", disse Obama em Chicago.

    A Casa Branca reagiu com decepção à falta de acordo no Senado para uma votação sobre o plano de US$ 14 bilhões.

    "É decepcionante que o Congresso tenha falhado em agir esta noite", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Scott Stanzel.

    "Acreditamos que a legislação que negociamos dava uma oportunidade para usar os fundos já atribuídos às montadoras e representava a melhor oportunidade para evitar uma falência desordenada", acrescentou.

    "A legislação teria assegurado ao contribuinte que os recursos só seriam repassados às empresas cujos accionistas estivessem preparados para enfrentar decisões difíceis, que dessem a elas viabilidade. Avaliaremos nossas opções após este impasse no Congresso", concluiu Stanzel.

    "Pensamos que a economia está tão debilitada atualmente que agregar outra possível perda de um milhão de empregos é algo que nossa economia não pode se permitir atualmente", afirmou a porta-voz da presidência, Dana Perino.

    Câmara tinha aprovado pacote

    A Câmara de Representantes aprovou na quarta-feira o pacote, com 237 votos a favor e 170 contra, depois de um compromisso de congressistas democratas com a Casa Branca sobre o valor do empréstimo às "Três Grandes" das montadoras. Porém, no Senado o projeto esbarra na pesada oposição republicana.

    O presidente Bush designará nos próximos dias uma pessoa, já chamada de "czar dos automóveis", que terá toda a autoridade sobre o plano de resgate.

    Esta nova intervenção governamental no setor privado contradiz os princípios, reverenciados nos Estados Unidos, da livre empresa. Alguns senadores republicanos afirmaram que as montadoras devem seguir a lei de mercado e sofrer as conseqüências, incluindo a quebra.

    Os partidários do resgate têm um argumento de muito peso: o Departamento do Trabalho anunciou que o número de americanos que pediram o seguro-desemprego pela primeira vez alcançou o maior nível em 26 anos.

    Enquanto a discussão prossegue, a General Motors admitiu que contratou assessores jurídicos e banqueiros para "enfrentar todas as emergências possíveis", incluindo um pedido de concordata.

    O Conselho de Administração da maior montadora de veículos dos Estados Unidos "analisa todas as opções - como é normal nos negócios - e contratou os assessores apropriados para enfrentar todas as emergências possíveis", revelou o grupo em um comunicado.

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